sábado, 1 de agosto de 2009

Demências Mais Comuns em Idosos



Demência é um comprometimento cognitivo geralmente progressivo e irreversível.
As funções mentais anteriormente adquiridas são diminuídas até sofrer perda total.

Com o aumento da idade a demência torna-se mais freqüente. Acomete 5 a 15% das pessoas com mais de 65 anos e aumenta para 20% nas pessoas com mais de 80 anos.

Os fatores de risco conhecidos para a demência são: Idade avançada História de demência na família Sexo feminino

Os sintomas incluem alterações na memória, na linguagem, na capacidade de orientar-se. Há perturbações comportamentais como agitação,agressividade (em alguns casos) inquietação, andar a esmo, raiva, , desinibição sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações.

As causas da demência incluem lesões e tumores cerebrais, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), álcool, medicamentos, infecções, doenças pulmonares crônicas e doenças inflamatórias. Na maioria das vezes as demências são causadas por doenças degenerativas primárias do sistema nervoso central (SNC) e por doença vascular.

Existem várias classificações de demências (tipos), entretanto as mais comuns são demência tipo Alzheimer e demência vascular.

Demência de Alzheimer


De todos os pacientes com demência, 50 a 60% têm demência tipo Alzheimer. É mais freqüente em mulheres que em homens. É caracterizada por um início gradual e pelo declínio progressivo das funções cognitivas. A memória (especialmente a de curto prazo) é a função cognitiva mais afetada, igualmente a linguagem e noção de orientação do indivíduo. E a pessoa que sofre deste tipo de demência também pode apresentar uma incapacidade para aprender e evocar novas informações.

As alterações do comportamento envolvem depressão, obsessão (pensamento, sentimento, idéia ou sensação intrusiva e persistente) e desconfianças, surtos de raiva com risco de atos violentos. A desorientação leva a pessoa a andar sem rumo podendo ser encontrada longe de casa em uma condição de total confusão. Aparecem também alterações neurológicas como problemas na marcha, na fala, no desempenhar uma função motora e na compreensão do que lhe é falado.

O diagnóstico é feito com base na história do paciente e do exame clínico. As técnicas de imagem cerebral como tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser úteis.
O tratamento é paliativo e as medicações podem ser úteis para o manejo da agitação e das perturbações comportamentais.
Não há estudos que apontem cura ou prevenção para esta doença.

Demência vascular


É o segundo tipo mais comum de demência. Apresenta as mesmas características da demência tipo Alzheimer mas com um início mais abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Pode ser prevenida através da redução de fatores de risco como hipertensão, diabete, tabagismo e arritmias. O diagnóstico pode ser estabelecido com a utilização de técnicas de imageria cerebral e fluxo sanguíneo cerebral.

SAIBA MAIS:

Transtornos Mentais em Idosos.Disponível em: http//www.abcdasaude.com.br/artigo.

Foto: http://www.apodi.info/bbc-2008/idoso-vitamina-falta.jpg

Transtorno Mentais em Idosos: Fatores Psicossociais de Risco.




A velhice é um período natural do ciclo vital caracterizado por mudanças físicas, mentais e psicológicas.

Algumas alterações nessa idade são entendidas por alguns, como algum tipo de acometimento neurológico, ma existem aspectos que não caracterizam necessariamente uma doença.Em contrapartida, há transtornos que são mais comuns em idosos, sendo estes: transtornos depressivos, transtornos cognitivos, fobias, etc.


Muitos transtornos mentais em idosos podem ser evitados, aliviados ou mesmo revertidos.

Diversos fatores psicossociais de risco também predispõem os idosos a transtornos mentais. Esses fatores de risco incluem:


*Perda de papéis sociais:

O indivíduo começa ter dúvidas quanto a si próprio, quanto ao seu papel no núcleo familiar.

*Perda da autonomia:

O idoso "é comandado" por sua família,não tem liberdade, e algumas vezes, o direito de estabelecer sua rotina diária e seguí-la da maneira que lhe convém.



*Morte de amigos e parentes.


*Saúde em declínio

*Isolamento social: Importante que a família busque ajudar seu idoso na integração com o meio.
*Restrições financeiras.


*Redução do funcionamento cognitivo (capacidade de compreender e pensar de uma forma lógica, com prejuízo na memória).




  • Alguns dosTranstornos Psiquiátricos Mais Comuns em Idosos :


Demências
Demência tipo Alzheimer
Demência vascular
Esquizofrenia
Transtornos depressivos
Transtorno bipolar (do humor)
Transtorno de Ansiedade
Transtornos somatoformes
Transtornos por uso de álcool e outras substâncias.

Próxima postagem abordarei o tema: Demência em Idosos.


Fonte: Transtornos Mentais em Idosos. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?423

Foto:http://www.baurublog.com.br/wp-content/uploads/2008/12/idoso2.gif

sábado, 25 de julho de 2009

Dislexia


Dislexia é caracterizada pela dificuldade em aprender , em codificar palavras, influenciando diretamente na fala e na leitura, ou seja, os disléxicos tem muita dificuldade em ler, decorar textos. Se não for feito um diagnóstico preciso,poderá ser tida como: déficit de atenção e hiperatividade.


Identificada pela primeira vez por BERKLAN em 1881, o termo 'dislexia' foi cunhado em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha. Ele usou o termo para se referir a jovem que apresentava grande dificuldade no aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos.


Um dos primeiros pesquisadores principais a estudar a dislexia foi Samuel T. Orton, um neurologista que trabalhou inicialmente em vítimas de traumatismos.


A etiologia da doença é genética, e também vem sendo estudada a exposição do feto a doses exageradas de testosterona, hormônio masculino, durante a sua formação in-útero no ramo de estudos da teratologia; nesse caso a maior incidência da dislexia em pessoas do sexo masculino seria explicada por abortos naturais de fetos do sexo feminino durante a gestação. Contudo, a causa da doença é física - química.


Não há cura para os disléxicos, no entanto existem tratamentos, um deles é o medicamentoso que auxilia na aprendizagem. A pessoa pode ter qualidade de vida fazendo tratamento adequado (medicamentoso /Psicoterapia).


PARA SABER MAIS:





quinta-feira, 9 de julho de 2009

Doença Cerebral x Doença Mental





Afinal, qual seria a diferença entre as duas?

Penso que doença cerebral poderia ser entendida como alguma patologia neurológica, neurobiológica, ou algum acidente que levou a traumas, lesões, etc. E a doença mental poderia ser descrita como alguma doença da psiquê, alguma psicopatologia, por exemplo.


Bom, Damásio propôs em seu livro: “O erro de Descartes” que a doença cerebral seria alguma patologia neurológica , e a doença mental, um reflexo de problemas de ordem ”emocional” e ”psicológico”, os quais poderiam ser resolvidos por psicoterapia.


A distinção entre doenças do ”cérebro” e da ”mente”, entre problemas
”neurológicos” e ”psicológicos” ou ”psiquiátricos”, constitui uma herança cultural
infeliz que penetra na sociedade e na medicina. Reflete uma ignorância básica da
relação entre o cérebro e a mente.
O Erro de Descartes, pg.65.


Doença Mental:Preconceito e Mitos.


Existe ainda o não entendimento ou o pré-conceito quando se fala em doença mental, onde acredita-se que as doenças cerebrais são vistas como patologias que acometeram o indivíduo e ele não tem culpa por isso. Enquanto as doenças da mente, especialmente aquelas que afetam a
conduta e as emoções, são vistas como inconveniências sociais, nas quais os doentes têm grandes responsabilidades.
É muito comum rotularmos pessoas com algum tipo de doença mental ou até mesmo os que não possuem tal doença..Quem nunca ouviu:"ele é um retardado?"(e sabe-se que se esse termo "retardado" dificilmente é usado como derivação de retardo mental, há uma ironia, por detrás dessa palavra.)

E além do preconceito em relação a doença, este também existe no que se refere a medicação (ao tratamento farmacológico), muitas pessoas se negam a tomar um antidepressivo, por exemplo (pude vivenciar essa prática muitas vezes na clínica) ou até mesmo se envergonham em dizer que fazem uso deste tipo de medicamento.Fica elucidado então, o preconceito e mitos que ainda fazem parte do cenário das patologias de ordem mental, muitas vezes ocasionado pelo não entendimento a cerca deste tipo de doença.


Saiba Mais:
Livro:DAMÁSIO, Antônio.O Erro de Descartes:Emoção, Razão e Cérebro Humano.Editora:Companhia das Letras.2 edição.1996.
Foto:
1.bp.blogspot.com/.../s320/TRISTE,_TRISTE.jpg



sexta-feira, 3 de julho de 2009



Palestra ministrada na Rede de Drogarias Pacheco-Tijuca e Copacabana.

Tema: Transtorno Afetivo Bipolar:A doença do HUMOR.